quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Deus nos dá uma nova chance para recomeçar


Meu filho, eu já estou velho e quando eu partir, você tomará conta de tudo o que e meu, e sei qual será o seu futuro

Havia um homem muito rico, possuía muitos bens, uma grande fazenda, muito gado e vários empregados a seu serviço. Tinha ele um único filho, um único herdeiro, que, ao contrário do pai, não gostava de trabalho nem de compromissos. O que ele mais gostava era de
festas, estar com seus amigos e de ser bajulado por eles.
Seu pai sempre o advertia que seus amigos só estavam ao seu lado enquanto ele tivesse o que lhes oferecer, depois o abandonariam. Os insistentes conselhos do pai lhe retiniam os ouvidos e logo se ausentava sem dar o mínimo de atenção. Um dia o velho pai, já avançado na idade, disse aos seus empregados para construírem um pequeno celeiro e dentro do celeiro ele mesmo fez uma forca, e junto a ela, uma placa com os dizeres: "Para você nunca mais desprezar as
palavras de seu pai".
Mais tarde chamou o filho, o levou até o celeiro e disse:
"- Meu filho, eu já estou velho e quando eu partir, você tomará conta de tudo o que e meu, e sei qual será o seu futuro.
Você vai deixar a fazenda nas mãos dos empregados e irá gastar todo dinheiro com seus amigos, irá vender os animais e os bens para se sustentar, e quando não tiver mais dinheiro, seus amigos vão se afastar de você. E quando você não tiver mais nada, vai se arrepender amargamente de não ter me dado ouvidos.
E por isso que eu construí esta forca, sim, ela e para você, e quero que você me prometa que se acontecer o que eu disse, você se enforcará nela."
O jovem riu, achou absurdo, mas, para não contrariar o pai, prometeu e pensou que jamais isso pudesse ocorrer. O tempo passou, o pai morreu e seu filho tomou conta de tudo, mas assim como se havia previsto, o jovem gastou tudo, vendeu os bens, perdeu os amigos e a própria dignidade. Desesperado e aflito, começou a refletir sobre a sua vida e viu que havia sido um tolo,
lembrou-se do pai e começou a chorar e dizer:
“Ah, meu pai, se eu tivesse ouvido os teus conselhos, mas agora é tarde, e tarde demais”.
Pesaroso, o jovem levantou os olhos e longe avistou o pequeno
celeiro, era a única coisa que lhe restava. A passos lentos se dirigiu até lá e, entrando, viu a forca e a placa
empoeirada e disse: “Eu nunca segui as palavras do meu pai, não pude alegra-lo quando estava vivo, mas pelo menos esta vez vou fazer a vontade dele, vou cumprir minha promessa, não me resta mais nada”.
Então subiu nos degraus e colocou a corda no pescoço, e disse:
“Ah... se eu tivesse uma nova chance”...
Então pulou, sentiu por um instante a corda apertar sua garganta,
mas o braço da forca era oco e quebrou-se facilmente, o rapaz caiu no chão, e sobre ele caiam jóias, esmeraldas, pérolas, diamantes; a forca estava cheia de pedras preciosas, e um bilhete que dizia:
Essa é a sua nova chance, eu te amo muito.

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